Plus Size Heart

   Não foi tão complicado desenvolver um novo post para essa quinta-feira. Mesmo que eu tenha apostado todas as minhas fichas naquilo que estou devendo há dias. Realmente eu detesto ter de adiar ideias. Uh, que raiva.
Mas, de qualquer forma, estava pensando na noite de ontem e resolvi comentar sobre. Já que seria interessante divagar um pouco a respeito. Sabem como é.

Enviei um e-mail para Litha Bacchi (Sim, a Litha do Manual Prático da Gordinha), pedindo a ela que, caso apreciasse o nosso querido Monstrinho, o indicasse em seu blog.
E ela o fez! Colocou o Monstrinho no menu lateral do Manual!

(Fiquei assim)

 Ah, é a segunda vez que a Litha me ajuda e, como eu não faço a mais vaga ideia de como colocar um menu lateral para blogs recomendados, decidi fazer um post relacionado ao assunto do Manual. 


   Bem, já comentei aqui a respeito do bullying que sofri na infância e que ainda sofro quando uma pessoa decide ser estúpida e não tem mais qualquer argumento relevante. A diferença é que agora eu sei me defender e o faço muito bem.
O ponto é, tudo isso aconteceu porquê, genéticamente, tenho predisposição a ser, digamos, avantajada em vários sentidos.
E uma ira terrível me toma quando ouço coisas como "é gordo porque é preguiçoso". Ira não. Repulsa, provavelmente. Tenho aversão a intolerância e ao generalizar comum entre aqueles que não querem dar-se ao trabalho de questionar.
Tentei, juro que tentei, ao longo dos anos, fazer exercícios e visitar médicos. Tomar remédios, praticar ainda mais esportes, fazer dietas e um monte de coisas que acabavam me fazendo sentir mais humilhada. Aquela sensação de diferença crescendo ainda mais quando, em meio ao praticar de Educação Física, zombavam de mim pelo meu tamanho desproporcional.

    Quando percebi que nada daria certo, comecei a tentar melhorar minha auto estima com outros tipois de beleza. Arrumar o cabelo, abandonar os óculos feios que usava, mudar de figurino... Tudo para que, em meu pensamento, as pessoas desviassem seus olhares do meu corpo. 
E, com o tempo, o motivo foi mudando. Comecei a gostar de mim pelo que era realmente. Apreciar, em certos momentos, o conjunto de tudo. E, com aquilo que foi citado no post a respeito da visão além do comum, passei a apreciar-me como ninguém mais parecia fazer.
E tudo começou a ficar diferente!
Quando você se gosta, parece atrair pessoas que também gostam. E isso a faz gostar mais ainda. Perceber mais qualidades e ser feliz. Até adotar um lema para dizer em alto e bom som quando questionam-lhe a respeito de sua personalidade e o modo como lida com tudo. 

   Mas é claro que, como acontece com qualquer pessoa, existem aquelas baixas de humor em que você acaba fitando a si mesma no espelho e nada, absolutamente coisa alguma, parece agradar. Quando alguns detalhes como a pele flácida lhe fazem querer voltar para a cama e chorar até que tudo tenha tornado-se em um belo nada.
E aquelas pessoas vem lhe ajudar, sussurrando em seu ouvido como você é maravilhosa do jeito que é. Como apreciam cada detalhe e como tudo é irrelevante quando se põe sua beleza à prova.
Mesmo que você diga que a sua opinião a respeito de você mesma é a única que importa, algumas coisas acabam lhe fazendo deixar de lado e sorrir. Coisas como um "Eu amo você" ou até o cômico "Até avião tem pneus". E a lembrança de como alguém pode adorar seu corpo e lhe amar realmente.


Ah, obrigada, Matheus. E obrigada a todos que me consideram bela mesmo que meus oitenta quilos já tenham passado da marca comum.




   Bem, há um tempo atrás me veio a ideia de tentar carreira como modelo plus size. Influenciada pelos comentários no Manual, inclusive. E também motivada por amigos que insistiram ser viável. Um apoio perfeito.
E, também no manual, encontrei alguns telefones de agências para os quais liguei e, por fim, após mandar fotos em e-mails e muito conversar, acabei por marcar um horário para visitar uma produtora.

Ah, a minha primeira sessão de fotos foi um desastre completo.
Colocaram-me em roupas horríveis e mexeram no meu cabelo de modo que eu terminei por ficar extremamente parecida com a Geyse Arruda. Imaginem.
Chorei, chorei muito. Chorei tanto que minha mãe, desesperada, acabou ligando para tirar satisfações e foi decidido que eu deveria refazer como fosse de meu agrado.


Da segunda vez tudo estava melhor. O cabelo estava normal e eu escolhi uma combinação pin up que consistia em uma saia de cintura alta repleta de minúsculos pois brancos em um fundo preto, uma blusa semi-social branca e meus amados peep toes pretos.


Infelizmente, minha falta de fotogenia estragou tudo (Risos).


   Enfim, ainda não decidi se vou realmente vender o material. 
Já tentei enviá-lo para outras produtoras indicadas mas, na primeira tentativa, o site de uma delas já acabou com as minhas fotos e o cadastro não pode ser realizado novamente porque o CPF já havia sido computado. Tão motivador quanto o blogger dando problema de primeira.


Mas, mais uma vez, agradeço a todos que me ajudaram a pensar melhor e peço desculpas por todas as vezes que fiquei e que ainda ficarei mal. Não quero que se sintam diminuídos.


Até o próximo post, little monsters.