Love is all we need

terça-feira, 28 de setembro de 2010
Inicialmente, gostaria de pedir desculpas pela falta de diferenciação entre os parágrafos. Juro que ainda não compreendi como realizar essa proeza.

Estava conversando com minha amiga Bruna (descobri seu nome quando lhe apresentei o blog, aliás) a respeito da incapacidade de compreensão real que aflige as mentes de uma grande maioria de pessoas superficiais o bastante para não acreditar no poder de uma relação em que não se tem contato físico com aquele que passa a fazer parte de sua vida em algum momento específico da mesma (pausas para respirar, onde estão vocês?).

Mas é sério, Lív. Isso me enche de raiva, porque sei lá, eles não respeitam o que eu gosto. Não obrigo eles a aceitarem, mas pelo menos respeitar que é isso que gosto. Eles me chamam de nerd por gostar de ler e escrever, com a idade que tenho, no caso 15 anos.

Em minha opinião, impor-se agressivamente a qualquer gosto alheio é errado. Deve-se, com certeza, defender sua própria ideologia e explicá-la para que possa ser compreendida e, talvez, seguida. Intolerância não é algo interessante (quem dirá aplicável aos dias de hoje), todos sabem disso. Ser fechado, aliás, me parece algo simplesmente melancólico.
Mesmo que eu possa afirmar a infelicidade de quem busca por respostas e abre-se à novas informações a respeito de tudo. Enfim, há quem prefira ser feliz a sua maneira, garantindo momentos de alegria com descobertas e novos meios, mesmo que o depreciar esteja sempre a rondar com passos leves e respirar amedrontador.

Para fugir do mundo opressor, tive de  adaptar-me ao uso do espírito e o abandonar dos olhos no momento em que precisasse enxergar a quem gostaria de ver.  Tive de me acostumar e aprimorar meu dom natural para o observar além daquilo que é físico. Além do considerado "real".
E creio que todos aqueles que pelo mesmo passaram, acabaram por descobrir o meio alternativo para lidar e evoluir em suas próprias capacidades. A magia de quem deixa-se perceber a essência. Sair da tendência humana de repudiar aquilo que não se pode compreender e, por fim, adquirir o poder de discernimento que diverge do supérfluo comum.

Confesso que o não-complexo nunca se encaixou em um dizer de perfil para mim. E nem nunca quis que o fizesse.
O fato é que, com o passar do tempo em meio ao hostilizar juvenil por algo tão banal quanto a beleza do corpo físico, qualquer traço de personalidade individualista aflora ainda mais. E, no requerir de uma companhia, os tortuosos caminhos de sua própria mente acabam por tornar em seus melhores amigos. Às vezes tornando-se ainda mais dificultosos com o decorrer daquilo que se chama "deixar".

Passei por muitos momentos difíceis de todos os tipos e, após um momento de diversão imbecil em um rolador de dados, conheci a companhia que me tornaria um ser completo após pouco tempo. Mesmo que o pouco tempo tenha sido tempestuoso e inolvidavelmente atordoador para ambos nós.
Matheus tornou-se uma peça fundamental em meu controle de uma personalidade limítrofe e ferida. Sempre a cuidar de mim e a me guiar com suas únicas palavras e nenhuma imagem sequer. Tão irreal como qualquer sonho maravilhoso do qual ninguém gostaria de despertar.
E, após tantas dificuldades, eis que chegamos ao ápice de nossa longa representação sincera.

Até hoje me perguntam de onde tirei coragem para sair daqui de minha casa e adentrar um ônibus que percorreu 426 Km para que eu pudesse, ainda por cima, me hospedar na casa de um completo estranho.
Mas ele nunca me foi estranho! Assim como todos os meus queridos amigos de lugares distantes nunca foram. Todos sinceros em seus meios próprios. Todos sempre cuidados pelo meu incalculável amor.

Sim, amor. E qualquer um que venha rir desse fato apenas o fará por nunca ter amado como eu o faço. Como todos nós fazemos. Todos esses que fazem seus passos por sobre palavras e desempenham um espetáculo repleto de magnificência singular. 
Amamos com facilidade mas o fazemos apenas por e para aqueles dignos de todo o nosso puro e etéreo amor. 

E, assim como todo ser que ama, esperamos o maravilhoso momento em que a sociedade passará a aceitar – por vontade própria – o nosso diferencial tão nobre.
Assim como os que amam aqueles do mesmo sexo ou vencem barreiras raciais, sociais ou até familiares para conseguir viver por amor.
Por favor, aliás, não me tomem como defensora do portar promíscuo ou do incesto grotesco. Não. 
Vivo por amor, apenas. Amo a quem me cativar e lutaria até o fim pelo amor que sinto. Assim como creio que qualquer pessoa deve fazer. Apenas por amor. Não por sexo ou por obsessões malevolentes. Amor.

E, por amor, o mundo em que vivemos poderia ser muito mais amável. 
Um triste fato esse da falta de consideração para conosco, os pequenos monstros.





1 comentários:

Unknown disse...

Gostei muito da postagem, concordo em tudo o que diz, ou quase, acho que você daria uma boa escritora xD, eu escrevo também mas é outro tipo de escrita, de RPG (podem chamar de Nerdyse, mas eu gosto) alias tenhop varias histórias de perssonagens se quiser para dar idérias eu consedo-lhe com proesa :D Bjo

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